Reflexão em Essência Compartilhada

sábado, 13 de junho de 2009

Silêncio de Alma...

A face que quente do calor da conversa quase que emitindo fagulhas da excitação que o momento proporcionava de forma violentamente brusca sente o sangue fugir abandonando totalmente o semblante exposto.
O que ate então fora fogo e ímpeto se entrega agora a lividez e total perplexidade enquanto lágrimas descem impactando a mesma face.
Não é dor ou nada que se possa traduzir alem de perplexidade absoluta.
O que era entendido e esperado como soma e conclusões compartilhadas e associadas passam de súbito a solidão do ser que se vê no meio do nada, abandonado pra morrer sem nenhum por que.
É algo perto do que sem entende por morte que chega sem doença, sem aviso prévio.
Ela só vem no meio de um lindo entardecer e aborta a mais sonora gargalhada.
Percebe-se dessa forma: só no meio do vazio, como um grito que perdeu a força antes de sair.
Assim a alma que agitada brincava de bailar com a outra, agora posta num canto qualquer se amontoa sobre si mesma,
apenas se amontoa.
Porque toda vivacidade se foi se um momento para o outro,
em menos que um piscar de olhos.
O beijo que unificava bocas, agora sela o silêncio imposto.
Apenas interrompido pelo constante soluçar incontido.
Secam as lágrimas, já não há mais o que chorar nesse silencioso vazio de alma que abandonada assim perdida se deixa Só ficar...
Reflexo d ‘ Alma 13/06/09 0138

8 comentários:

Francisco disse...

Sabe aqueles textos que enquanto se lê, sente-se aroma, clima e emoção? Pois é! Foi assim que fiquei lendo (duas vezes) este post.
Você escreve de uma maneira que penetra na alma do leitor.
Gostei demais da sua visita lá no blog. Vamos continuar nos visitando...sonhando e delirando!
Um beijo!

A Torre Mágica | Pedro Antônio de Oliveira disse...

Olá!

Muitíssimo obrigado por sua presença! Sinto-me feliz por saber que voltará mais vezes!

Te espero então! :)

Parabéns! Você escreve com muito sentimento!

Um abração!

Pedro Antônio

Canto da Boca disse...

E se de repente tudo se fizer novo, de novo?
;)

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Canto da Boca como na musica do Paulinho MOska que adoro?
Ah smepre acontece
sabemos disso...

Alberto Ferreira disse...

Caramba, cai aqui por descuido, estava um dia normal, li por mais descuido ainda, e agora tô com uma coisa estranha. Mas foi bom.
Virei mais vezes.

Alisson da Hora disse...

Olá!Obrigado pela visita...aquele meu blog é apenas uma brincadeirinha de desocupado, eu escrevo mesmo nesse outro: http://www.pontispopuli.blogspot.com

abraços

Click disse...

Alguém que escreve como você já deve estar meio impregnada de elogios, mas que fazer?! Serei redundante, sim! É de uma tal sensibilidade o que você movimenta por entre o que se diz e o que fica no silêncio das palavras que não tive escolha de rendição ou choque: fiquei tal como estava antes de ler, só que maior. Eu mais o tamanho do seu texto incorporado à minha sensibilidade desconfiada. Gostei muito, realmente inspirador, terrível, poema!

Cristina disse...

amor, prazer e solidão; momento único, pessoal, solitário que só as lágrimas da alma entendem. portanto, nada a dizer.
beijos emocionados. Cris.

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