Pela primeira vez em muito tempo,
desvestiu-se
mas não esperou que viesse.
desvestiu-se pra si mesma,
a casa na penumbra,
telefones desligados,
musica boa ecoando sem interrupções.
era como se a harmonia dançasse a sua frente.
comeu sem pressa,
bebeu sorvendo gole a gole.
parada diante do espelho
nele pensou
e só riu.
Vida danada essa,
sutilmente
latejando,
vontade é certo fluiu.
as mãos livremente
no corpo consentiu.
Voltando pra cama deitou-se
desvestida de tudo
depois e saciada
a musica longe já ia
e assim
livre
dormiu...
CatiahoAlc/ReflexodAlma
150920100116
5 comentários:
Em estado de extase sumiu no sono de sonhos.
Bjs.
Este poema é o retrato do aprofundamento de uma solidão necessária. Que só acontece plenamente na nudez, na não interrupção externa, na música tranquilizante. Na penumbra. A partir do escuro, do nada, fazemos nascer a luz, a imensidão interior. Não por acaso nascemos do âmago de uma mulher. Surgimos do breu, da quentura, para concretizar nosso destino iluminado na Terra.
eu me senti dormindo em nuvens e lembrei da sensação que o Barros me dá , o poema que causa sensação é isso que basta, poesia nem precisa ser explicada, nem entendida, bastar ser sentida
tomara a minha presença masculina, não estrague o poema..rssss.....bonito.
Tão belos reflexos...
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