Reflexão em Essência Compartilhada

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Desvestidamente

 
Pela primeira vez em muito tempo,
desvestiu-se
mas não esperou que viesse.
desvestiu-se pra si mesma,
a casa na penumbra,
telefones desligados,
musica boa ecoando sem interrupções.
era como se a harmonia dançasse a sua frente.
comeu sem pressa,
bebeu sorvendo gole a gole.
parada diante do espelho
nele  pensou
e só riu.
Vida danada essa,
sutilmente
 latejando,
vontade é certo fluiu.
as mãos  livremente
 no corpo consentiu.
Voltando pra cama deitou-se
desvestida de tudo
depois e saciada
a musica longe já ia
e assim
livre
dormiu...

CatiahoAlc/ReflexodAlma
150920100116

5 comentários:

Guará Matos disse...

Em estado de extase sumiu no sono de sonhos.

Bjs.

Rodrigo Lopes da Fonte disse...

Este poema é o retrato do aprofundamento de uma solidão necessária. Que só acontece plenamente na nudez, na não interrupção externa, na música tranquilizante. Na penumbra. A partir do escuro, do nada, fazemos nascer a luz, a imensidão interior. Não por acaso nascemos do âmago de uma mulher. Surgimos do breu, da quentura, para concretizar nosso destino iluminado na Terra.

Talles Azigon disse...

eu me senti dormindo em nuvens e lembrei da sensação que o Barros me dá , o poema que causa sensação é isso que basta, poesia nem precisa ser explicada, nem entendida, bastar ser sentida

www disse...

tomara a minha presença masculina, não estrague o poema..rssss.....bonito.

Anônimo disse...

Tão belos reflexos...

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