Reflexão em Essência Compartilhada

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Delíro

É uma bela tarde, segue sem rumo ,
por caminhar segue e caminha evocando todos o sentidos se concentra em sentir.
Sente que o pelo pede pelo, a pele pede pele, a mão pede mão,
que as coxas pedem coxas,que os pés pedem pés, que a boca pede boca,
que o sexo exige sexo e que o corpo outro corpo quer.
Nada de concreto se tem , o lugar não é só seu..
Mas...
Então nesse momento se entrega , senta na calçada , em baixo de um lindo pé de acácias
com lindos cachos amarelo e assim se encosta no tronco dessa velha e linda árvore.
Não se importa com nada ,tem a boca seca,a mente vagueia ,
não reluta mais tem que se entregar...a tarde chegará logo, não liga.
Senta, encosta ,fecha os olhos
e se entrega aos puros devaneios da mente e do corpo que ordena.
O tempo da tarde é seco ,seco como seus sentidos ,
havidos por serem atendidos e entendidos , fica assim como que inerte ,
entregue delira em pensamentos que nunca serão descritos
apenas intensamente sentido e talvez compartilhado.
Quisera que algum artista plástico se postasse ali em sua frente com tinta, pincel e tela ,
seria uma obra de arte viva mesmo que retratada apenas ,
É uma bela tarde, segue sem rumo , por caminhar segue e caminha evocando todos o sentidos se concentra em sentir.Sente que o pelo pede pelo, a pele pede pele, a mão pede mão,que as coxas pedem coxas,que os pés pedem pés, que a boca pede boca, que o sexo exige sexo e que o corpo outro corpo quer.Nada de concreto se tem , o lugar não é só seu..Mas...Então nesse momento se entrega , senta na calçada , em baixo de um lindo pé de acácias com lindos cachos amarelo e assim se encosta no tronco dessa velha e linda árvore.Não se importa com nada ,tem a boca seca,a mente vagueia ,não reluta mais tem que se entregar...a tarde chegará logo, não liga.Senta, encosta ,fecha os olhos e se entrega aos puros devaneios da mente e do corpo que ordena.O tempo da tarde é seco ,seco como seus sentidos ,havidos por serem atendidos e entendidos , fica assim como que inerte , entregue delira em pensamentos que nunca serão descritos apenas intensamente sentido e talvez compartilhado.Quisera que algum artista plástico se postasse ali em sua frente com tinta, pincel e tela ,seria uma obra de arte viva mesmo que retratada apenas , pois causaria a quem que visse um certo rubor ao imaginar em que pensava assim de olhos fechados , lábios ressecados e semblante transbordando em paz.
Não se apercebia de quanto tempo se deixa ficar ali entre delírios tais.
O que sabe é que o corpo queima, os sentidos exigem o sexo ordena.
Assim segue até que se sente um leve refrescar na pele quente ,
são pingos de uma chuvinha fina quase um carinho que trás quase um êxtase completo
como aqueles orgasmos inesquecíveis e imperceptíveis
que só quem tem esse privilegio sabe é algo íntimo e secreto.
Então um leve tremor percorrer todo corpo , como um arrepio .
É hora de ir, o delírio fica ainda rodando...
Levanta, o corpo agora molhado pelo suor das sensações,
agora misturado a água da chuva que mais forte cai.
Põe-se de pé ,
os sentidos agora totalmente despertos sentem mais que sempre,
o pelo ainda pedem o pelo,a pele ainda pede pele,
a boca ainda pede boca
e o sexo exige sexo e o corpo pede corpo ...
se deixa levar pelos pés que certamente embalando
pelos sentidos conduzirá a algum lugar
onde estes delírios possam ser de fato explorados e os desejos saciados

.Catiaho 16/11/07 12.45

6 comentários:

Anônimo disse...

Instigante!

Mas o fato de você colocar três vezes no mesmo poema esse conjunto de versos:
"o pelo pede o pelo,a pele ainda pede pele,
a boca ainda pede boca
e o sexo exige sexo e o corpo pede corpo ..., etc"
me deixou pensando:

Qual será o sentido disso?
Repetição?
Prenúncio de monotonia?
Insatisfação?
Ou talvez desejo de repetir a glória inesquecível?


Não sei.

Ainda vou pensar mais a respeito.

Abraços, flores, estrelas..

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Edson,
sabe que pode ser o que quisermos ou que cada um que ler quiser,
mas posso definir
como DESEJO.
Sempre penso a respeito dessa coisa que não cessa...
quando envelhecer quero
ainda ser detentora dessa benção.
Bjins entre sonhos e delírios

Anônimo disse...

Voltei.

Sei que a versão do poeta (você)vale mais que a versão do leitor (no caso, eu).


Mas você permitiria que eu consultasse o meu querido amigo Freud antes de comentar de novo?

Brincadeira... rs!

Também acho que é o triplo Desejo!

Em princípio.

Abraços, flores, estrelas!

Poeta Eterno disse...

Te amo, amor, mas nunca te beijei, e nesse beijo, amor que não te dei, guardo os versos mais lindos que te fiz. (...) Mas não vos digo ainda... que a boca da mulher é sempre linda, se dentro guarda um verso que não diz.
(Florbela Espanca)

Catia, Reflexo-Plenitude, imagino que sejam as repetições, e não posso te dizer o que imagino aqui, mas quando li antes eu não vi tão fundo as sensações dela quanto vi agora... talves seja o caso de reler tudo que ja li de seu. Vou pensar nisso, pode render muita coisa boa!!
Suas descrições são sempre lindas como o beijo recolhido de florbela.
Obrigado, me ajudou a entende-la mais. Conclui que quando retemos conosco algum sentimento, temos que joga-lo pra fora de alguma maneira... os poetas que retem seus sentimentos, fazem essas coisas, essas linduras gostosas de ler.
Me lembrou a poetisa que mais admiro no mundo e sabe? Não tenho como dizer que você não tem a essencia dela.
E me orgulho mesmo de ser amigo da nova Florbela-surrealista!

Bejão!!

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Ahh como se precisasse(huahuahua)
Mas consulta e se ele te disser mais alguma
coisa por favor
compartilhe comigo.
Bjins so delírios e delírios ai ai

Inês Marinho/Procuro leitores disse...

Catiaho! HOO!

Que delícia de texto!

Ainda bem que pirei esta noite todinha, senão eu subiria pelas paredes daqui.

Uma leitura muito gostosa,
más quero seus textos,
em livros, para ler na cama, cheirosa,
cheia de travesseiros,
com uma luz direcionada
só no livro,
e o quarto todo escuro,
a janela aberta,
uma brisa entrando,
a cortina balançando.

Há, como eu quero,
carregar este livro
para todo lado,
ler no parque,
no metrô, nas ruas,
na praia,na rede.
Pegar, abrir, fechar,
acariciar, cheirar,
alisar ou dobrar folhas, rabiscar,sublinhar,anotar...
Livro, é gostosura concreta!

Quero o seu logo,
do Orpheus, do Diogo,
quero o gosto
gostoso de todos vocês
na minha vida!

Beijos e Brisas Suaves para Você!

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